Favoritos 2010 ("menções honrosas" 2)


A lista tá pronta mas, por enquanto, vamos postar só o restante dos "excedentes". São 5 àlbuns, dos quais 3 eu já publiquei em posts específicos que podem ser acessados na lista de links ao lado! Vamos lá:


Beach House - Teen Dream (baixar)

Foi polêmico deixar esse de fora. Principalmente porque, de todas as vezes que eu ouvi o disco, em 50 % delas eu achei que se tratava do pior disco da banda. Nas outras 50 %, eu achei o àlbum brilhante, o melhor, até, da breve discografia deles. No meio dessa bipolaridade toda, reouvi o trabalho. Gostei muito, mas com uma certa desconfiança, meio que desejando ouvir as melodias mais arrastadas e soturnas de uma House of Chambers, por exemplo, do disco anterior, o Devotion. Resumindo, o Teen Dream está fora na nossa lista principal porque o Chris não é muito chegado e eu não tenho opinião definitiva sobre ele (embora tenda a preferir o clima dos albuns anteriores). Acho que o que está colocando o àlbum em várias das listas "respeitáveis" de fim de ano é uma suposta aproximação do Beach House com a simplicidade pop, sem perder de vista a forte identidade da banda. Não sei se é por aí não...


LCD Soundsystem - This is Happening (baixar)

Outra polêmica? Pra nós não. Foi unânime, aliás, tirá-lo da lista. Isso porque, apesar de ser bom pra caralho (e é, bom pra caralho!), o This is Happening ecoa demais o Sound of Silver, clássico absoluto da banda, de 2007. No início eu achava que minha resistência com o disco se dava ao cansaço generalizado com o tal de eletro-indie, mas não é não. São certos maneirismos de composição e arranjo que me incomodam (ouçam o chimbalzinho de Pow Pow e os synths de Home, depois ouçam o Sound of Silver...é meio melancólico). Apesar disso, quem somos nós pra dizer que o James Murphy cairá em decadência. Talento ele tem pra caralho pra se reinventar.


No Age - Everything in Between

Esse doeu tirar da lista. Repito: esse DOEU tirar da lista (com o "doeu" em caixa alta mesmo). Pop, dinâmico, característico e, ao mesmo tempo, super "climão", bem espacial e ambiente. Everything in Between é o melhor disco deles, o que dificulta prever o que virá em seguida, mas ao mesmo tempo consolida uma identidade bem bacana. Longa vida ao No Age!


Avey Tare - Down There

Eu acho que o Avey Tare é um dos caras mais "livres" do cenário musical atual. Dá a impressão de que ele pode fazer o que quiser sem dar a mínima para os péssimos reviews de seus discos solo. Se como compositor e cantor no Animal Collective ele é um protagonista e tanto, neste àlbum solo ele parece espreitar por trás de uma pilastra tudo que está acontecendo, se desligar sistematicamente e fazer um disco caseiro, pessoal, esquizofrênico e autista. Merecia no mínimo uma estrelinha. Belo disco.

Wavves - King of the Beach

Outro que doeu deixar de fora. Nathan Williams cresceu, arrumou uma banda-cozinha de respeito e parece ter fugido da estigma de jovem-frito que toma drogas e desmarca shows. Que bom, porque nada disso interferia ou interfere na qualidade de suas músicas. King of the Beach é mais ousado, ou sofisticado mesmo, do que o àlbum de estréia, mas sem perder a simplicidade punk, os riffs pesados, diretos e simples e o clima oba-oba, sol, praia, rock e curtição. Já tinha indicado aqui e re-indico!

PS- Cogitamos botar Morning Benders nos excedentes, mas reouvi o àlbum e acho que não vale nem isso. Tem outras coisas que poderíamos citar, mas a cabeça parou, a lista tá pronta, e o clipe da Videotroma tá filmado. Ou seja, vamos descansar!!